Nos últimos dias, tenho refletido sobre o poder de decidir. Este ano tem sido cheio de surpresas, de altos e baixo, de questões que ainda não têm respostas. Principalmente um ano de reflexão, inovação e experimentar mesmo com receios.

Para mim, todo o ano de 2020 representou deixar de lado os meus pressupostos e o que tinha como certo. Com isso, pude voltar a conhecer-me e até a recordar o que antes eu gostava de fazer. 

Reflexões

Durante o confinamento decidi apostar na minha formação. Por isso, inscrevi-me numa formação online de gestão de riscos. Durante a formação, recordei-me que anos atrás tinha aprendido e até implementado numa organização em que tinha estado em 2014.

Ainda em confinamento, aproveitei para arrumar livros, papéis e informação que tinha no disco externo. Com isso, encontrei uma pasta com o nome “Temas interessantes”. Curiosamente, quando a abri tinha lá mesmo coisas interessantes. Tal como, artigos sobre gestão de projeto, desempenho nas equipas, entre outros. Em que alguns deles, tinham sido desenvolvidos por mim para dar formação. 

No entanto, não é só o que vemos, mas também o que ouvimos nos influencia.

Coisas que nos dizem

Recordo-me de um jantar em 2014, um jantar de gala do Global Management Challenge. Na altura, eu estava a representar a AIESEC Portugal enquanto Direção Nacional e na minha mesa estavam alguns Diretores e Empresários. Em conversa com um deles, perguntou-me:
“Então e qual foi o curso que tirou?”
Eu: “Engenharia do Ambiente”
Empresário: “Então, mas o que faz na AIESEC?”
Eu: “Sou diretora nacional de finanças. Além disto, faço a gestão da network e dos parceiros. Antes de estar na direção nacional, liderei um escritório com cerca de 30 pessoas e vários projetos nacionais e alguns internacionais.”
E ele olha para mim muito pasmado e diz “Minha cara, um dia vai descobrir que não é engenheira, mas sim uma gestora.” 

Durante uns anos, aquela conversa assombrou-me. Porque eu sentia que tinha uma espécie de problema em não ter uma especialidade. Contudo, sempre gostei de vários temas e saber de tudo. Seria assim tão errado? Porque é que tenho de ser igual aos outros? Qual a razão de ter de me ficar por uma especialidade? 

A minha conclusão

Concluindo, tomei posse do meu poder de decidir e não ser especialista numa área, mas sim em várias. Por exemplo, ao ajudar os meus clientes, parceiros, amigos ou outras pessoas, a tomarem consciência que podem ser muito mais do que terem o “poder dentro de uma caixinha”. 

Há uns dias atrás, em conversa com um cliente meu que estava indeciso em escolher entre propostas de trabalho, eu perguntei-lhe “Qual é a proposta mais simples para ti e que ao mesmo tempo te faça crescer?”. Durante um minuto, ele refletiu e respondeu-me “Será que não estarei a habituar-me ao simples?”. Com esta pergunta dele, sorri-lhe e disse-lhe “A vida foi feita para ser simples e sem sofrimentos, mas somos nós que escolhemos esse caminho.”. Ele riu-se e disse “Ok, já percebi o que queres dizer.”

Concluindo, agarra em tudo o que tens e no poder de decidir. Igualmente, reflete no que precisas e como o podes fazer, mas vai com simplicidade.  Escolhe o caminho onde possas crescer e expandir o teu potencial, e se vai haver desafios? Claro! Se vai haver dias que vias repensar mil vezes sobre o que estás a fazer? Vai! Mas o bom de tudo, é que é o teu caminho e que mais ninguém vai caminhar por ti, nem te poder dizer se o podes ou não fazer.

Define os teus objetivos para o ano de 2021, coloca-os num plano e concretiza-os sem esperares que algo vai acontecer. Porque a decisão é tua e a ação também.

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